História

Salão é uma freguesia portuguesa do concelho da Horta, na Ilha do Faial, Região Autónoma dos Açores. Ocupa uma superfíce total de 11,80 km² com 436 habitantes (2001). Possuí uma densidade populacional de 36,9 hab/km². É constituída pelos lugares de Arrabalde, Barreiro, Canto, Carapeta, Cela, Lomba.

Actualmente a freguesia conta com 356 eleitores inscritos (e 401 habitantes aproximadamente – Censos – 2011)

A freguesia do Salão está situada na costa Nordeste da ilha, entre a Ponta da Ribeirinha e a Ponta da Eira. O invulgar nome da sede de freguesia, Salão ou Solão, estará relacionado o saibro grosso de bagacina (termo local usado para designar o “lapilli“).

O povoamento do Salão iniciou-se por volta de 1620, por uma família de castelhanos vindos dos Cedros, que ai tinham-se fixado em 1589. Após uma desordem provocada por motivos de posses de terrenos, deslocaram-se mais para Sul dos Cedros e se estabeleceram no lugar a que deram o nome de Carapeta. Carapeta, de Carapeto, é um termo em desuso sinómino de “o que prega mentiras; mentiroso”.

A pequena Fonte da Carapeta desapareceu com o Sismo de 1926. Depois da separação de Portugal do Domínio Filípino, em 1640, os portugueses residentes dos Cedros expulsaram os espanhois da freguesia. Eram devotos da imagem de N. Sra. do Perpétuo Socorro, vinda de Espanha.

O desenvolvimento do Salão permitiu-lhe ascender à categoria de Freguesia, em 1730. A Igreja de N. Sra. do Socorro construída em 1780, veio substituir uma anterior capela de 1727. O edifício tinha 24,2 metros de comprimento por 10,12 metros de largura, com 1 altar-mor. No ano de 1834, são doados à igreja 3 retábulos dourados que pertenciam ao extinto Convento de São João da Horta, e ainda, o púlpito e o gradeamento do coro, ficando a igreja com 3 altares, sendo os altares laterais, dedicados à N. Sra. do Rosário e à N. Sra. das Dores. A igreja é totalmente destruída no Sismo de 9 de Julho de 1998.

Anteriormente, o Salão era um lugar da freguesia de Santa Bárbara dos Cedros. Cela, deve o nome ao facto de uma freira ter vindo acabar os seus dias para o Salão, quando da extinção das ordens religiosas, em 1834. Fez da sua casa uma cela igual à que tinha no convento e continuou a sua vida de freira até à morte. O povo chamou à sua casa, a “casa da Cela”, e depois, o “lugar da Cela”, como ainda hoje é chamado.

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